"A Ilha de Dom Sebastião"
Posted by Unknown, on: sexta-feira, 28 de dezembro de 2012
O documentário "A Ilha de Dom Sebastião" foi filmado em 2002, na Ilha dos Lençóis, na costa do Maranhão. São vinte minutos de histórias e lendas de um Brasil muito remoto e particular. A ilha, que já foi considerada a maior concentração de albinos do mundo, é povoada por pessoas que se consideram descendentes de Dom Sebastião, rei de Portugal que desapareceu numa batalha no Marrocos em 1578.
O vídeo é uma co-produção da TV Câmara com a produtora Câmera 4 Comunicação e Arte, com a direção de Marcya Reis e Ivan Canabrava.
Em 2006, "A Ilha de Dom Sebastião" levou dois importantes prêmios no 29º Festival Guarnicê de Cinema e Vídeo de São Luís (MA): Melhor Documentário da Mostra Refestança e Troféu Guarnicê de Melhor Argumento para a roteirista Marcya Reis, da TV Câmara.
O vídeo é uma co-produção da TV Câmara com a produtora Câmera 4 Comunicação e Arte, com a direção de Marcya Reis e Ivan Canabrava.
Em 2006, "A Ilha de Dom Sebastião" levou dois importantes prêmios no 29º Festival Guarnicê de Cinema e Vídeo de São Luís (MA): Melhor Documentário da Mostra Refestança e Troféu Guarnicê de Melhor Argumento para a roteirista Marcya Reis, da TV Câmara.
Hino do Maranhão em ritmo de matraca e orquestra
Posted by Unknown, on:SÃO LUÍS DOCUMENTÁRIO
Posted by Unknown, on:Tambor de Mina - Parte 2
Posted by Unknown, on:Tambor de Mina - Parte 1
Posted by Unknown, on:ITAPARANDY MOSTRA TERREIRO NAGô
Posted by Unknown, on:Bumba Meu Boi de São José de Ribamar
Posted by Unknown, on:Kastiel - Caboclo de pena
Posted by Unknown, on:Bumba-Meu-Boi
Posted by Unknown, on: quarta-feira, 14 de março de 2012SÃO LUIS MINHA ILHA ENCANTADA .....
Batismo do Boi.
O bumba-meu-boi é uma festa espiritual. No dia de São João haverá o batismo do boi e dia 24 todos os bois vão para a cidade para apresentar suas brincadeiras. No dia de sua morte não haverá mais apresentação. A partir da concepção de que estar vivo e passar por etapas sucessivas, vamos nos direcionar ao ciclo de vida do bumba-meu-boi, analisando o batismo como uma das passagens de transformação da brincadeira. no mês de junho, o boi é batizado, ritual que, entre outras coisas, garante a proteção e determina o início das apresentações públicas da brincadeira.
Boi de Matraca.
No sotaque de Matraca ou da Ilha, os elementos lembram os rituais indígenas e merecem destaque os Bumbas da Madre Deus, Maioba, Iguaíba, Maracanã, Ribamar, Mata e Tibiri. É lento, mas altamente contagiante, induzindo a um bailado de poucos gingados, de gestos bruscos, rápidos e curtos, semelhante à dança timbira. O som agudo das matracas, contrastando com o grave dos tambores, produz um espetáculo de rara beleza coreográfica. INSTRUMENTOS: Entre seus instrumentos de percussão tem destaque a matraca – tabuinhas que medem em torno de 25cm de comprimento por 10cm de largura e 2 de espessura. Além da matraca, há também os maracás, tambor-onça e os pandeirões. Os maracás feitos de flandres com cabo, contendo grãos de chumbo ou algo similar, que produzem som quando sacudidos. O tambor-onça, da mesma família instrumental da cuíca, possui uma vareta do lado, que produz som semelhante ao rugido de onça. Os pandeirões, cobertos de couro de boi ou de cabra, são esquentados em fogueiras, para melhorar o som. INDUMENTÁRIA: Nesse grupo, destacam-se os caboclos ou índios reais, com seus grandes chapéus de pena de avestruz ou pavão, palas altas e grandes capacetes. É o grupo que respeita mais o enredo original.
Boi de Zabumba.
O Sotaque de Zabumba é, possivelmente, o mais antigo e autêntico representante dos "bumbas" do Maranhão. Suas raízes são, originariamente, africanas. Daí ser o mais primitivo e também o mais " chão". O nome advém do seu instrumento base – a zabumba - tambor de meio metro de altura, conduzido numa vara por dois carregadores e tocado por uma bagueta. O Boi de Zabumba tem as suas origens nos municípios da Baixada Maranhense, mais precisamente, no município de Guimarães. INSTRUMENTOS: Os maracás servem para realçar o ritmo, harmonizando-se com a zabumba e os tamborinhos. Estes, por sua vez, possuem um som agudo, que preenche as pausas da zabumba. Os tambores de fogo, que são instrumentos toscos, feitos de tronco de mangues, ocados a fogo e recobertos por couro cru de boi, são presos à armação através de torniquetes de madeira, chamados de cravelhas africanas. Os tambores-onça, feitos de folha-de-flandre, madeiras ou material reciclado. Possuem a forma de cilindro com uma das extremidades fechadas por um couro, em que um pequeno bastão é fixado. Produz um som grave, rouco. A zabumba faz o centro da marcação do ritmo do boi. RITIMO: Vibrante e bastante forte, possui a essência da musicalidade negra. Distingue-se dos demais por ser pausado, alternando cadências lentas e apressadas. A zabumba e o tambor de fogo são os instrumentos predominantes em seu batuque, cabendo aos tamborinhos e maracás preencherem os espaços vazios, dando origem a um conjunto de sons que se fundem. Essa tendência de haver sons secundários para ocupar todos os espaços é inteiramente negra. A dança caracteriza-se por sobrepassos miúdos e repisados: uma forma toda especial no modo de dançar, em que precisamente as tapuias exercem a função de marcar com seus passos a acentuação e o ritmo da zabumba, que poderá ser observado nos calcanhares, ponto principal de apoio das brincantes. INDUMENTÁRIA: A vestimenta dos "rajados" compõe-se de saiotes e golas ricamente bordados com pedrarias, miçangas e canutilhos. Os chapéus, em forma de cogumelos, são feitos com armação de buriti e papelão, recobertos por cetim e fitas longas. As tapuias (índias) vestem-se com uma saia de fibra de saco desfiado, com o cós de tecido estampado e blusa do mesmo tecido do cós, bordada. O boi possui a carcaça menor que a dos outros. O couro é bordado em relevos a partir de enxertos com tecidos, pedrarias e acochoados.
Boi da Baixada.
Os grupos da Baixada são conhecidos como sotaque de Pindaré. Não há consenso entre os estudiosos do folclore maranhense sobre a classificação desses grupos, sendo considerado um quarto sotaque por uns ou um subgrupo por outros. A polêmica se deve a esses grupos utilizarem, basicamente, os mesmos instrumentos dos grupos de sotaque de matraca, ou seja matracas e pandeirões. Independente das discussões desses pesquisadores, os grupos têm instrumentos e indumentária peculiar. As matracas tocadas pelos brincantes são de tamanho menor se comparadas às dos grupos do sotaque da Ilha. Nesses grupos há uma personagem característica: os cazumbás, pessoas vestidas com largas batas estampadas ou de veludo bordado que rebolam à medida que fazem soar seus chocalhos. Os cazumbás são caracterizados por grandes máscaras feitas artesanalmente, lembrando bichos com grandes focinhos.
Boi de Orquestra.
Os bois de orquestra têm sua dança embalada por instrumentos como banjo, clarinete, piston e bumbo e um forte apelo popular, sobretudo nos arraiais juninos, pela variedade de cores de sua indumentária e pela sonoridade de seus instrumentos. O cordão é formado por brincantes trajados com peitilho e saiote bordados com miçangas e canutilhos e chapéu enfeitada com fitas coloridas. Com um maracá na mão, são os responsáveis pelo balanceio do boi.
Boi de Costa de Mão.
O ritmo desse sotaque é bastante cadenciado, marcado por instrumentos de percussão, como caixa, maracá e pandeiro, pendurado com auxílio de um fio no pescoço do brincante, facilitando a batida, que é feita com as costas das mãos. Sua indumentária faz-se notar pela presença de características próprias tais como calças de veludo inteiramente bordadas e chapéus em estilo cogumelo, afunilados. É conhecido, também, como sotaque de Cururupu.
Boi da Ilha.
Conhecido como sotaque de matraca ou da Ilha devido à sua origem na ilha de São Luís, se destaca por atrair grande número de brincantes em suas apresentações. Nesse sotaque há predominância de matracas e pandeirões dentre os seus instrumentos, tocados pelos brincantes com uma especificidade: os bois de matraca permitem uma maior participação do público uma vez que qualquer pessoa com um par de matracas pode ajudar o grupo em suas apresentações. Os grupos de matraca distinguem-se dos demais por possibilitar a participação de brincantes sem indumentária. Desatacam-se como personagens desses grupos os caboclos de pena, brincantes cobertos de penas de ema, inclusive com grandes coroas de cerca de um metro e meio de diâmetro. Além dos caboclos de pena, são personagens dos grupos de matraca o pai Francisco, homem que leva um facão de madeira abrindo caminho para o boi passar; e a burrinha, armação de buriti na forma de um burro, coberta de pano e sustentada por suspensórios nos ombros de um brincante.
Ingat Waktu Coy
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